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Ian Stevenson: O maior pesquisador da Reencarnação

Ian Pretyman Stevenson (1918 - 2007), Cientista e professor de psiquiatria da Universidade da Virginia,  foi com certeza o mais importante e respeitado pesquisador da Reencarnação do mundo. Realizou provavelmente o trabalho mais sério, rigorosamente baseado no rigor científico, já visto até hoje neste campo.

 

Ao longo de mais de 38 anos de pesquisas, investigou mais de 3.000 casos e publicou mais de 200 artigos e vários livros. A grande maioria dos casos investigados eram sobre  crianças que, em dado momento de suas vidas,  passaram a dizer espontaneamente que tinham sido outra pessoa em uma vida passada, lembrando-se com impressionante nitidez de fatos e situações vividas, assim como de nomes de pessoas e cidades onde haviam vivido em sua vida anterior.

 

Segundo Tom Schroeder, jornalista do Washington Post, que acompanhou Stevenson pela Índia, Líbano e Estados Unidos em suas pesquisas, Stevenson estudou esses casos como um detetive policial. Ele seguiu relatos iniciais até à fonte, entrevistou testemunhas em primeira mão, examinou e, em alguns casos, cruzou informações, identificando testemunhas que pudessem corroborar ou discordar de um testemunho-chave. Ele confrontou testemunhos verbais com registros escritos sempre que possível, considerou razões prováveis para uma mentira, ou auto ilusão, buscou caminhos normais através dos quais a criança poderia ter obtido conhecimento sobre a identidade de uma possível vida passada, buscou conexões ocultas entre a criança e sua família com a família da pessoa falecida.

Seu criterioso e meticuloso trabalho reúne também registros médicos contendo informação a respeito de sinais de nascença, defeitos de nascimento e outras evidências físicas envolvendo os casos. Aproximadamente 35% das crianças que afirmaram lembrar-se de vidas anteriores tinham marcas ou defeitos de nascimento que combinavam perfeitamente com os ferimentos da pessoa que elas afirmavam terem sido em outra vida.

Em 43 dos 49 casos em que crianças recordaram-se de terem tido mortes violentas em outra vida, nos quais um documento médico (normalmente um relatório de autópsia) foi obtido, foi confirmada correspondência entre os ferimentos mortais recebidos na vida anterior e as marcas ou defeitos de nascimento da criança. Tal conjunto de comprovações jamais poderia ser atribuído à coincidência.

Portanto, podemos perceber o quão sério é o trabalho do Dr. Stevenson, apesar de ele mesmo ter sido sempre muito cauteloso a respeito do mesmo, referindo-se à sua pesquisa como "casos sugestivos de reencarnação". No entanto, o nível de detalhes apresentado em cada caso é realmente tão impressionante que, em minha opinião, representam muito mais do que apenas “casos sugestivos”, mas sim evidências extremamente sólidas da existência da Reencarnação. Veremos a seguir alguns destes casos.

Caso Maha Ram

Um dos muitos casos investigados pelo Dr. Stevenson que envolve marcas de nascença  é o de um jovem indiano que se recordava, quando criança, de ter sido um homem chamado "Maha Ram". Após investigar o caso, descobriu-se que tal homem realmente havia existido, e tinha sido morto com uma espingarda, disparada à queima roupa no peito.

Posteriormente, verificou-se que o jovem possuía marcas de nascença no peito, que combinavam perfeitamente com um desenho obtido junto a documentos da autópsia de Maha Ram, que descreviam os ferimentos que haviam causado sua morte.

Na figura acima, vemos à esquerda a foto da marca no peito do jovem indiano e, à direita, o desenho extraído do relatório da autópsia de Maha Ram, que o jovem afirmava recordar-se ter sido ele em uma reencarnação anterior.

 

 

Caso das irmãs Polock

 

 

 

 

 

 

 

Em 1957 duas irmãs, Joanna Pollock com 11 anos e Jacqueline Pollock de 6 anos de idade, foram mortas tragicamente por uma carruagem com cavalos desenfreados, que as atropelou em Northumberland, Inglaterra. Um ano depois do trágico acidente, sua mãe deu à luz novamente e, para espanto de todos, novamente nasciam duas meninas, só que dessa vez, gêmeas. Elas receberam os nomes de Jennifer e Gillian.

Jennifer nasceu com uma estranha marca de nascença na face que parecia ser uma cicatriz. Sua irmã Jacqueline, morta no acidente, tinha uma cicatriz no mesmo lugar, proveniente de uma queda de triciclo, quando tinha apenas 2 anos. Com o passar do tempo, a família começou a notar estranhas coincidências: As gêmeas começaram a falar coisas sobre as irmãs mortas e também a pedir brinquedos que tinham pertencido a elas. Em alguns casos, perguntavam de brinquedos que já tinham sido doados, e dos quais elas nem tinham conhecimento prévio.

Quando as meninas gêmeas receberam duas bonecas que tinham pertencido à Jacqueline e Joanna, ambas disseram: “Essa é a Mary e essa é a Susan”. A família ficou chocada, pois aqueles eram os mesmos nomes que as filhas mortas haviam dado às mesmas bonecas, que agora estavam em posse de Jennifer e Gillian.

Algum tempo depois, a família se mudou para outra cidade, mas certo dia, ao retornar para visitar o lugar, uma das gêmeas disse: “A escola é por aqui. É aqui que nós costumávamos ir para o parquinho, que fica ali na parte de trás”. O parque e a escola ficavam em um local onde nenhuma das gêmeas havia estado antes, porém as irmãs falecidas haviam frequentado tal local.

Foi então que os pais, assustados, procuraram o Dr. Ian Stevenson, que acabou estudando profundamente o caso das gêmeas e a suposta ligação entre elas e suas falecidas irmãs. A conclusão de Stevenson foi de que Jennifer e Gillian eram realmente as reencarnações de Joanna e Jacqueline.

  A análise do caso foi publicada e examinada no livro  livro  “Children Who Remember Previous Lives: A Question of Reincarnation”  (“Crianças que se lembram de vidas passadas: Uma questão de Reencarnação”)

Caso Swarnlata Mishra

Um dos casos mais famosos estudados pelo Dr. Stevenson é o de Swarnlata Mishra, uma menina nascida em 1948 em uma rica família da Índia e que se tornou protagonista de um dos mais famosos casos sobre vidas passadas. Sua história é descrita em um dos livros de Stevenson, “Twenty Cases Suggestive of Reincarnation” (Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação).

 

Aos 3 anos de idade, Swarnlata  viajava com seu pai quando, de repente, apontou uma estrada que levava à cidade de Katni. Solicitou então ao motorista que seguisse por aquela estrada até onde estava o que chamou de “minha casa”. Lá, disse, poderiam “tomar uma xícara de chá”. Katni está localizada a mais de 160 quilômetros da cidade da menina, Pradesh. Logo em seguida, Swarnlata começou a descrever uma série de detalhes sobre sua suposta vida passada em Katni. Disse que então seu nome fora Biya Pathak e que tivera dois filhos. Deu detalhes da casa e a localizou no distrito de Zhurkutia. O pai da menina passou a anotar as “recordações” de sua filha.

Sete anos mais tarde, em 1959, um pesquisador de fenômenos paranormais, o indiano Sri H. N. Banerjee, visitou Katni. Pegou as anotações do pai de Swarnlata e as usou como guia para entrevistar a família Pathak. Tudo o que a menina havia falado sobre Biya (morta em 1939) foi confirmado pela família. Até então, nenhuma das duas famílias havia ouvido falar uma da outra.

 

Naquele mesmo ano, o viúvo de Biya, um de seus filhos e seu irmão mais velho viajaram para a cidade de Chhatarpur, onde Swarnlata morava. Chegaram sem avisar e, sem revelar suas identidades ou intenções aos moradores da cidade, pediram que alguns deles os acompanhassem à casa dos Mishra. Stevenson relata que a menina reconheceu imediatamente os três visitantes, pronunciando seus nomes. Ao “irmão”, chamou pelo apelido.

Semanas depois, seu pai a levou a Katni para a casa onde ela dizia ter vivido e morrido. 

 

Swarnlata, conta Stevenson, tratou pelo nome cada um dos presentes, parentes e amigos da família. Lembrou-se de episódios domésticos e tratou os filhos de Biya (então na faixa dos 30 anos) com a intimidade de mãe. Swarnlata tinha apenas 11 anos.

 

As duas famílias se aproximaram e passaram a trocar visitas, aceitando o caso como reencarnação. O próprio Stevenson testemunhou um desses encontros, em 1961. Ao contrário de muitos casos de memórias relatadas como de vidas passadas, as da menina continuaram acompanhando-a na fase adulta – quando Swarnlata já estava casada e formada em Botânica.

 

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