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Pressuposto lógico essencial: existência de um criador inteligente

Toda a argumentação contida neste trabalho baseia-se em um pressuposto lógico essencial: A existência de um Criador Universal Inteligente, que podemos também chamar de “Deus”. Sem a existência de um criador, não teríamos como sustentar um padrão lógico responsável pela harmonia de todo o Universo e as Leis que o sustentam.

Os ateus costumam utilizar frequentemente o argumento de que “Se ninguém provou até hoje a existência de Deus, então consequentemente Ele não existe”. Porém já vimos anteriormente que este argumento constitui-se em uma falácia: “Argumentum Ad Ignorantiam” ( “Apelo à ignorância”) e, portanto, não pode ser considerado um argumento válido.

Por outro lado, podemos apresentar um argumento extremamente forte e consistente para sustentar a existência de um Criador inteligente: “Não existe efeito inteligente sem uma causa inteligente!”. Sendo assim, se demonstrarmos que os seres vivos são um “efeito inteligente”, seria ilógico afirmar que os mesmos tenham sido originados “do nada” ou por mero acaso.

Identificação de um efeito inteligente

Como identificar um efeito inteligente? Podemos utilizar como  exemplo o trabalho que muitos astrônomos têm feito tentando localizar vida inteligente fora da Terra. Através de poderosos radiotelescópios, são captados sinais de rádio de baixa frequência provenientes dos pontos mais distantes do universo. Os sinais coletados são então transformados em dados que são analisados por poderosos computadores na busca por características que possam demonstrar uma comunicação inteligente.

Os sinais de rádio naturais, provenientes das estrelas, geram uma sequência completamente aleatória de números, na qual inexiste qualquer combinação lógica indicativa de inteligência, portanto os mesmos não possuem uma causa inteligente. Porém, se um dia for captado uma sequência contendo uma fórmula matemática ou uma linguagem complexa codificada, isto demonstrará, de forma inquestionável, que a mesma não poderia ter sido gerada por um evento natural, indicando assim, com absoluta certeza, que uma causa inteligente a gerou. Lembramos: Não existe efeito inteligente sem uma causa inteligente.

"É inteiramente possível que, por trás da percepção dos nossos sentidos, estejam escondidos mundos de que não tenhamos consciência."- (Albert Einstein)

Ao observarmos um programa de computador em funcionamento, percebemos que ele pode realizar complexas operações matemáticas e rotinas diversas de forma independente, porque foi programado para isso. Mas sabemos que um dia aquele programa foi desenvolvido por um programador, ou seja, houve a aplicação de uma inteligência para desenvolvê-lo. A partir de então tal programa pode ser executado automaticamente, sem a necessidade de interferência do programador. Porém seria impossível que ele tivesse surgido “do nada”, sem que uma inteligência o tivesse criado.

Tais programas são constituídos de uma linguagem binária, composta apenas de “zeros” ( 0 ) e “uns” ( 1 ) chamados de “bit”. Um conjunto de 8 bits forma um “byte”. Cada byte pode armazenar um caractere (letras, números, símbolos, etc) e, desta forma, são formados os comandos de um programa, que controlam todo o funcionamento do computador.

 

O programador é a pessoa responsável por arranjar os comandos desenvolvendo um código lógico que irá definir todas as operações que o computador irá desenvolver. Ao observarmos o código de programação, constatamos uma ordenação lógica de comandos com o objetivo de levar o computador a efetuar uma determinada operação, ou seja, para atingir um objetivo definido. Tal código jamais poderia “criar-se sozinho”, sem a aplicação de uma inteligência.

Utilizando exatamente a mesma linha de raciocínio, se observarmos o funcionamento do código genético (DNA) no interior das células, veremos que o mesmo funciona de forma muito similar a um complexo e sofisticado programa de computador. Ele é constituído de 4 compostos químicos: Adenina, Guanina, Citosina e Timina, abreviados pelas letras A, G C e T que formam as sequências de DNA. Por exemplo: “AAAGTCTGAC”. Estas sequências funcionam exatamente como o código de um programa de computador e, com aproximadamente 3 bilhões de combinações,  transporta todas as informações contendo as características genéticas dos seres de uma geração para outra.

Cada uma destas combinações funciona como um grupo de comandos específicos, que serão executados para a criação dos seres. Igualmente a um programa de computador, constatamos uma ordenação lógica na sequência dos comandos e, igualmente, concluímos que o mesmo não poderia “criar-se sozinho”, sem a aplicação de uma inteligência.

Podemos inclusive dizer que o código genético é mais sofisticado do que qualquer programa de computador já inventado, pois, a partir do código contido em uma única célula, ele consegue criar trilhões de outras células, que por sua vez criarão órgãos complexos que constituirão um corpo, tais como rins, fígado, coração, pulmão e cérebro, cada um deles com funções extremamente especializadas. Tudo a partir de uma única e minúscula célula!

Para que se tenha uma ideia da gigantesca complexidade do código genético humano, em 1990 foi criado o projeto “Genoma Humano”, que representou um esforço internacional  para mapeamento de todo o código genético. Este projeto envolveu mais de 5.000 cientistas de 250 laboratórios de todo o mundo com o objetivo de sequenciar, um a um,  os genes que codificam as proteínas do corpo humano. Mesmo assim foram necessários 13 anos de trabalho! Somente em 2003 foi anunciada a conclusão do projeto.

Seguindo então um raciocínio estritamente lógico, chegamos à nossa primeira conclusão: Se um simples programa de computador não poderia jamais ter se criado sozinho, o complexo código genético, por dedução, também jamais poderia ter se originado “do nada”, ou seja, sem a aplicação de uma inteligência que o criasse. Assim como o programa de computador necessitou que uma pessoa com inteligência e conhecimento (programador) o criasse, consequentemente o código genético também teve a aplicação de uma inteligência em sua criação.

Podemos desta forma concluir que o código genético e, consequentemente, todos os seres vivos, podem ser considerados um efeito inteligente!

Construção do argumento lógico:

Premissa 1: Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.

Premissa 2: Assim como um programa de computador, o Código genético pode ser considerado um efeito inteligente, pois para sua criação houve a aplicação de uma inteligência.

 

Conclusão: O código genético teve uma causa inteligente e foi, por dedução, criado por uma Força Inteligente, assim como todos os seres vivos.

Para que se possa refutar um argumento, é necessário demonstrar que pelo menos uma das premissas seja falsa ou então que não há uma inferência lógica entre as premissas que leve à conclusão apresentada.

Ao analisar o argumento acima não é possível contestar a veracidade das premissas. Muitos ateus tentam contestar a terceira premissa, dizendo que o código genético é um processo natural, e, portanto, não pode ser comparado a algo “artificial” como no caso do programa de computador.

 

Porém estamos aqui falando de lógica: Os critérios utilizados em ambos os casos são os mesmos, ou seja: A análise de algo que, devido à sua sofisticação e organização lógica, evidencia de forma inequívoca a aplicação de uma inteligência criadora.

Portanto, os que defendem que o código genético não pode ser apontado como um efeito inteligente, para que mantivessem a coerência de seu raciocíno, precisariam demonstrar que um programa de computador também poderia surgir “espontaneamente”, sem a aplicação de uma inteligência, do contrário estariam sendo contraditórios.

Ora, se não podemos admitir que o mais simples programa de computador pudesse surgir do nada, é também impossível sustentar que o código genético, que é incrivelmente mais complexo e sofisticado que um simples programa poderia, porque a linha de raciocínio utilizada para justificar que um programa de computador é um efeito inteligente é exatamente a mesma utilizada em relação ao código genético, ou seja: "A impossibilidade de que tal complexidade de codificação possa ter se originado sem a aplicação de uma inteligência".

Desta forma, as premissas são verdadeiras e levam à conclusão: Se o código genético representa um efeito inteligente, então deduz-se logicamente que o mesmo teve um criador. Portanto os seres vivos tiveram certamente um criador inteligente. Argumento Válido e consistente.

No livro "A Gênese", de Allan Kardec, encontramos um trecho bastante interessante a respeito da causa inteligente:

 "As obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão; as moléculas dos corpos inertes se agregam e desagregam sob o império dessas leis. As plantas e os animais nascem, crescem e se multiplicam sempre da mesma maneira, cada um na sua espécie, por efeito daquelas mesmas leis e se acham subordinados a causas materiais, tais como o calor, a eletricidade, a luz, a umidade, etc. O mesmo se dá com os planetas que se formam pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. Essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não acusa a ação de qualquer inteligência livre. 
        Tudo isso é verdade; mas, essas forças são efeitos que hão de ter uma causa. Elas são materiais e mecânicas; não são de si mesmas inteligentes, mas são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente. 
     Um pêndulo se move com automática regularidade e é nessa regularidade que lhe está o mérito. É toda material a força que o faz mover-se e nada tem de inteligente. Mas, que seria esse pêndulo, se uma inteligência não houvesse combinado, calculado, distribuído o emprego daquela força, para fazê-lo andar com precisão?

Portanto, a lógica nos demonstra que há uma “força inteligente” responsável pelo funcionamento harmônico do universo e presente em todas as coisas: Nas forças que regem a estrutura básica da matéria: átomos e moléculas; nas forças que regem a formação dos seres vivos:plantas e animais; nas forças que controlam os planetas, estrelas e galáxias.

 

Afirmar que todo este complexo sistema teria surgido “ao acaso”, seria tão ilógico quanto afirmar que um livro pudesse se escrever sozinho.

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